Trabalho: Kauai Studio |
Toda a
ligação entre crença e arte se reflete na tatuagem maori. Esse povo da Nova
Zelândia é considerado o precursor dessa forma de arte, que nessa tribo era
feita especialmente pelos tohunga, com ossos e objetos cortantes para a
aplicação da tinta.
Na cultura maori, tohunga é um especialista de qualquer habilidade ou arte,
seja religiosa ou não. Isso inclui especialistas sacerdotes, curandeiros,
navegadores, escultores, construtores, professores e conselheiros. As
tatuagens eram como remédios prescritos pelos doutores tohunga para a cura
dos males – neste caso, a cura do espírito e da alma. Os desenhos tinham o
poder de curar e de prevenir, de proteger, afastar, atrair, reverenciar,
saudar e de lembrar. Eram o amuleto de sorte das muitas batalhas de um povo
genuinamente guerreiro. Na tatuagem é que podemos conotar a forma mais
expressiva de magia utilizada pelos maoris.
Esse tipo de “tatuagem” também era usada como forma de “aperfeiçoar o
corpo” e deixá-lo mais bonito. Tatuagens na cabeça, parte mais sagrada do corpo,
podem representar a vontade de afirmar quem a pessoa realmente é, quase como
uma declaração sobre sua vida. E essa pode ser considerada a principal ideia
por trás das tatuagens maori – a representação da vida do tatuado. Os
desenhos contam a história da vida pessoal, revelam o status, os desejos e
eventos que se deram com o membro da tribo. Por exemplo, grandes chefes
maoris têm o rosto inteiramente tatuado, e, quanto mais tatuagens, maior o
prestígio daquele membro na tribo, devido a todos os seus feitos e toda a sua
importância naquele lugar.
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