quarta-feira, 13 de maio de 2015

Micropigmentação capilar


Não é de hoje que a indústria da beleza registra um faturamento expressivo em todo o mundo. Segundo a Euromonitor, empresa britânica líder em análise de mercado, em 2014 o setor lucrou um valor na ordem de R$ 101,7 bilhões, nos cinco continentes, o que representa um crescimento de 11% se comparado aos R$ 91,9 bilhões notificados em 2013. No entanto, um dos dados que mais chamou a atenção da indústria foi o aumento do consumo masculino, que elevou cerca de 10%. No Brasil, quando o assunto é vaidade, os homens não hesitam em afirmar que a maior preocupação deles é a calvície. Por isso, a micropigmentação capilar vem se popularizando e atraindo cada vez mais interessados.

A técnica é inovadora e promete ser eficaz no tratamento de qualquer tipo de alopécia, afinamentos dos fios, perda da linha capilar, costeletas, falhas no couro cabeludo, entre outros problemas. O procedimento foi desenvolvido com o objetivo de camuflar a calvície, escurecendo o couro cabeludo, através do implante de pigmentos artísticos que reproduzem os folículos pilosos de forma natural e imperceptível. Geralmente, os profissionais usam uma caneta dermográfica para realizar o procedimento, ou o aparelho elétrico de tatuagem. Por isso, não há necessidade de internação ou restrições.

“Esta é uma técnica definitiva, que não deve ser comparada a uma tatuagem, já que os instrumentos perfurantes e as pigmentações são inteiramente diferentes. O procedimento é aplicado na superfície capilar, propiciando a renovação da epiderme e age na extensão de todo o couro cabeludo. O resultado é perceptível logo na primeira sessão, que dura, em média, duas horas. Na maioria dos casos, o tratamento não passa de duas etapas, no entanto, quando o paciente tem cicatrizes, é necessário realizar três sessões para fixação efetiva da coloração”, explica o dermopigmentador André Carbone.

Considerando a capacidade de absorção do pigmento em cada organismo e dos cuidados do paciente, os especialistas asseguram que a durabilidade da técnica é de quatro a cinco anos, e precisa ser retocada com o passar do tempo. Neste período, a coloração tende a clarear naturalmente. A técnica, que é semipermanente, tende a desbotar devido ao sol, água do mar e outros agentes externos. Porém, com o uso do protetor solar e sabonete antisséptico, o pigmento pode durar mais tempo que o esperado.

Logo após a micropigmentação, o período de cicatrização ocorre entre 7 e 15 dias. O aconselhável é que durante este período, a pessoa que passou pelo procedimento não consuma alimentos fritos, gordurosos, achocolatados, condimentados e bebidas cítricas em geral. Após o período de fixação do pigmento, é indicado uso do protetor em gel ou spray fator 50, diariamente, para evitar que os raios ultravioleta danifiquem o resultado. No Rio de Janeiro, o valor médio do procedimento é de R$ 1,5 mil a R$ 3,5 mil.

Entre os famosos que já realizaram o procedimento estão Dedé Santana, Roberto Carlos e Belo. De acordo com o micropigmentador intradérmico Elan Mello, um dos principais fatores que levam os homens a recorrerem ao procedimento é a questão estética. Ele explica que, embora pouco se fale sobre os malefícios da calvície, o problema gera desconforto e pode desencadear até distúrbios psicológicos. Além disso, segundo o especialista, a internet permitiu que os homens tivessem acesso a informações sobre técnicas que garantem resultados cada vez mais satisfatórios. 

“A micropigmentação capilar é, sem dúvida, um recurso que resgata a autoestima masculina, porque muitas vezes os homens que têm alopécia ou falhas visíveis no couro cabeludo carregam traumas psicológicos. Alguns só recorrem ao procedimento depois que já tentaram implante e transplante, devido ao medo. Entretanto, a medida é extremamente segura e atua de forma eficaz em toda a estrutura enfraquecida do cabelo. Conheço pessoas que ficaram tão confiantes após o procedimento que nunca mais usaram boné”, afirma o especialista.


Nenhum comentário:

Postar um comentário